O que define um farmacêutico no século XXI? Ninguém tem dúvidas que a função mudou nas últimas décadas e hoje, ser farmacêutico é abraçar uma profissão em que a capacidade de estabelecer uma relação com o outro determina o sucesso profissional. Um farmacêutico no século XXI é muito mais do que um cientista. Aos profissionais de hoje é pedido o conhecimento de um médico, o rigor de um cientista, a capacidade de escuta de um psicólogo, a empatia de um relações públicas e a argumentação de um publicitário. Ser farmacêutico no século XXI é, acima de tudo, ter um espírito de missão e uma paixão muito grande pela saúde e pela sua promoção. É estar dotado de um conjunto de ferramentas técnicas e comportamentais que lhe permite dar uma resposta rigorosa e satisfatória aos seus clientes. Algo que não está ao alcance de todos.
E que ferramentas são essas? Deixando de parte as competências técnicas, relacionadas com a função mais tradicional do farmacêutico e que consiste em informar, aconselhar e garantir que os clientes fazem um bom uso dos medicamentos, vamos centrar-nos nas competências pessoais. Com um cliente cada vez mais informado e educado, que acede à informação em segundos através da Internet, o cliente deixa de ter tanta necessidade de informação técnica, mas precisa de quem lhe garanta a confiança. E esta confiança aplica-se tanto no caso de medicamentos como de OTCs. Para inspirar confiança, para além da componente científica é fundamental ter competências comportamentais que passam pela capacidade de escuta, empatia, dominar técnicas fundamentais para diagnóstico das necessidades dos clientes. Para além destas competências, é essencial contar com pessoas com um elevado autoconhecimento, capacidade de liderança e um profundo interesse pelas pessoas e pelo comportamento humano. Surgem assim necessidades no domínio da inteligência emocional, programação neurolinguística ou comunicação interpessoal.
Estas competências não são devidamente desenvolvidas nos cursos de farmácia, colocando algumas dificuldades aos profissionais que acabam de ingressar no mercado de trabalho, que identificam algumas dificuldades quer na adaptação a culturas muito enraizadas, quer no relacionamento com clientes com perfis e necessidades muito diversificados. Perante esta realidade, a formação prática em competências de comunicação, desenvolvimento pessoal e relacionamento com o cliente são fundamentais.
A Direção de Recursos HumanosADDO PHARM